quarta-feira, 1 de junho de 2011

Capítulo 3: "Everyone A Changemaker" - Índia





Que frio na barriga! Acabo de comprar a passagem para a Índia. Dia 29 de junho inicio outra etapa do sabático: Índia. Talvez a experiência mais distinta da viagem e quiçá de minha vida.

Porque a Índia:
A história toda surgiu desde antes de sair do Brasil. Queria, desde o princípio, fazer um sabático onde envolvesse três coisas interessantes: (i) Caminho de Santiago, (ii) estudar um idioma e (iii) fazer um trabalho voluntário em um país Asiático.
No final de Junho, então, vou para a terceira etapa, cuja duração ainda não tenho muito fixa em minha cabeça, mas que vai girar em torno de 2 meses.

Como/onde encontrei essa oportunidade:
Através de uma organização não governamental internacional chamada Ashoka(www.ashoka.com), cujo lema gosto muito: “Everyone A Changemaker”. Opera em mais de 70 países através de mais de 2.000 empreendedores sociais, chamados de Ashoka Fellows. Para se ter idéia da dimensão da coisa, seu orçamento no ano passado foi de 32 milhões de dólares!
Entrei em contato com um destes Ashoka Fellows, chamado Mann Desh Mahila Bank e, depois de algumas trocas de e-mails, currículo, cartas de recomendação, fui aceito como voluntário!
Mann Deshi (www.manndeshi.in) foi o primeiro banco rural da Índia fundado em 1997 e o pioneiro no mundo do microcrédito na Índia. É dirigido por e para mulheres. Com mais de 100.000 clientes (das mais baixas castas, com ganhos diários abaixo de 2 dólares), tem como objetivo prover crédito e educação financeira a estas mulheres para que estas, por sua vez, tenham uma vida mais digna estimulada através do empreendedorismo.
Chetna Gala Sinha, sua fundadora e atual CEO do banco, inspirou-se em Yunus Muhammed – prêmio Nobel da Paz em 2006 por ser o pioneiro do microcrédito no mundo, mais especificamente em Bangladesh. Há um vídeo onde Chetna fala um pouco sobre o trabalho.

O Trabalho:
Recebi a proposta do projeto, e vamos decidir juntos, quando chegar lá, em que frentes vou trabalhar. Dentre algumas delas, melhorar a lucratividade do banco, fortalecer o plano de crescimento, implementar tecnologias de cartão eletrônico, conduzir análises de impacto, desenvolver parcerias comerciais, etc.
O local será em uma área rural no estado de Maharashtra, a 300km ao sudeste de Mumbai (ou Bombaim).
A língua no trabalho será inglês e devo conviver com outros voluntários de todo mundo. Até hoje, já passaram por lá muitos estudantes de Yale, Harvard, Portland, Columbia, Johns Hopkins, consultores do Deutsch Bank e outros estudantes de todo o mundo.
Não tenho dúvida de que, além de ajudar, vou poder aprender muito com as pessoas com as quais vou conviver esse tempo e com o trabalho envolvido em si.


Vai ser uma aventura (ou mais uma!)... e mais um momento, com certeza, para refletir e pensar um pouco sobre o passo seguinte em meu Caminho: a volta para o Brasil.

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